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Crespo pede ‘pés no chão’ no São Paulo e diz por que é difícil fazer frente a Flamengo e Palmeiras: ‘Estão em outra dimensão’


Técnico do São Paulo, Hernán Crespo fez uma espécie de desabafo após o empate por 2 a 2 com o Flamengo, nesta quarta-feira (5), pelo Brasileirão. E falou até mesmo por que, hoje, é praticamente impossível o Tricolor fazer frente aos cariocas – e também ao Palmeiras.

Em coletiva na Vila Belmiro, o argentino elogiou os trabalhos que Abel Ferreira e Filipe Luís vêm fazendo nos últimos anos, mas admitiu que a questão financeira é determinante para explicar o domínio da dupla no cenário nacional e continental nos últimos anos.

E não apenas o dinheiro investido, mas também o período de tempo que os dois times já vêm recebendo investimentos deste porte, o que torna cada vez mais difícil, por exemplo, para o próprio São Paulo poder bater de frente.

O comandante tricolor ainda pediu “pés no chão” no clube e disse como contornar toda essa discrepância em investimento para Flamengo e Palmeiras, afirmando que é possível, sim, reverter este quadro nos próximos anos.

“Com dinheiro você encurta o tempo. É assim. Há quanto tempo Flamengo e Palmeiras colocam dinheiro? São competitivos, chegam na final da Libertadores, brigam pela Libertadores, pelo Brasileirão, é assim. Vou falar a mesma coisa que falou Filipe Luís. Ele sabe, a gente do futebol sabe. Você coloca dinheiro e fica com mais possibilidades. Só com dinheiro? Não, não. Não quero faltar com respeito com o trabalho do Abel e do Filipe. Não é fácil. Vai fazer o que eles estão fazendo. Nunca é fácil. Mas acho que são situações diferentes. Gente, com dinheiro encurta o tempo e muitas ideias conseguem fazer. Você vai olhar e achar que ano que vem (o São Paulo) vai estar em cima, lutando com Palmeiras e Flamengo, não”, começou por dizer.

“Têm anos e anos de investimento da parte de Palmeiras e Flamengo, então impossível encurtar o tempo. Então, o que temos que fazer? Ideias, com calma, e tentar brigar naquilo que a gente pode brigar, que está longe da história do São Paulo, sim. Quando falei, quatro anos atrás, muitos de vocês estavam aqui, quando a gente ganhou o Paulistão, é muito pequeno para a história do São Paulo. Mas sabem quantas vezes o São Paulo ganhou o Paulistão nos últimos 20 anos? Uma. Uma vez em 20 anos. Então, realidade, gente. Pé não chão, entender a situação. É assim. Então, vamos lutar, vamos brigar, sim”, continuou.

“Estamos falando, neste momento, na América do Sul, Flamengo e Palmeiras estão em outra dimensão. É outra coisa. Na América do Sul, não só no Brasil. Você fica mal se você for comparar todo dia com Flamengo e Palmeiras. Não pode. No momento não pode. Na história, sim, falamos. Aí começamos a falar diferente. Mas a realidade é outra. Então, gente, calma, humildade. É tentar reconquistar e tentar reduzir esse gap que existe. A gente quer o mais rápido possível. Tem que colocar o dinheiro (se quiser rápido), se não, todos os dias (gesto de arregaçar as mangas), assim. Gente, só ver, quanto custam os jogadores de Flamengo e Palmeiras. Tem a facilidade, não somente de comprar, mas de resistir as tentações da Europa. A gente apenas pode (gesto de vender jogadores). Então, estamos em outro nível. Faz mal? Sim, muito mal. Por que? Porque a gente tem a mente o grande São Paulo, que estamos trabalhando para isso. Temos que fazer as coisas bem por muitos anos e aceitar que podemos errar no caminho”, finalizou.

Contra o Flamengo na Vila, o São Paulo abriu o placar logo aos dois minutos com Lucianomas logo em seguida viu Arrascaetade pênalti, empatar. Na etapa final, o Rubro-Negro virou com Samuel Linomas Ferreirinha fez o 2 a 2 faltando 10 minutos para o fim.

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