Campeões da Copa do Brasilos jogadores do Coríntios revelaram, em entrevista ao Sob os pésalguns bastidores do título conquistado em cima do Vasco, no último domingo, no Maracanã.
O goleiro Hugo Souza contou que o ”bicho” pago pela diretoria foi maior que o previsto pelo elenco. Ao descobrirem o valor, os atletas comemoraram com um ‘poropopó’ dentro da sala de Osmar Stabile, presidente do clube.
“Chegamos na sala do presidente e fomos direto ao assunto. Dissemos que sabíamos da situação do clube, que não queríamos atrapalhar, mas queríamos receber o que era nosso por direito. Beleza, o presidente meteu aqui: ‘A gente estava pensando em tanto’. Só que este tanto já era mais do que a gente imaginou”, disse Hugo, rindo.
“A gente chorou, chorou e conseguimos chegar em um valor legal. Aí eu pensei ‘vamos sair logo da sala, antes que ele (presidente) mude de ideia. Mano, isso aqui está bom demais para ser verdade”, seguiu o goleiro.
”Aí metemos até um poropopó na sala do presidente”, completou Raniele.
A ‘treta’ Yuri Alberto x Matheuzinho
Matheuzinho e Yuri Alberto discutiram feio no empate do Corinthians em 0 a 0 com o Vasco, na Neo Química Arena, no duelo de ida da final da Copa do Brasil.
A ”treta” aconteceu no segundo tempo, quando o lateral foi tirar satisfação atacante antes de uma cobrança de escanteio. Coube ao goleiro Hugo Souza apartar a confusão e acalmar os ânimos.
Durante a entrevista, Matheuzinho explicou o episódio.
”Não brigamos não. Foi só um desentendimento entre amigos. Eu sou muito chato dentro de campo, eu reclamo e xingo. Dessa vez eu falei com ele para levantar a auto estima dele. Teve uma bola que ao invés de ele fazer o simples, ele quis dar de letra. Aí eu fiquei p***, e ele chutou o balde comigo. Primeira vez que eu vejo ele chutar o balde. Fiquei até assustado! Fiquei sem reação. Essa reação dele me pegou desprevenido, porque ele é um moleque que nunca fala nada”, declarou.
Provocações de Vegetti
Durante a entrevista, alguns jogadores do Corinthians não perdoaram o atacante Vegetti, do Vasco.
Hugo Souza contou que o centroavante argentino provocou o elenco cruzmaltino durante os dois jogos das finais.
”Eu fujo de polêmica, mas tem coisas que não tem como fugir. Vegetti estava gritando no estádio. Jogaram aqui na Arena, ele saiu no intervalo e falou ‘estamos jogando em casa, aqui é nossa casa’. Com todo respeito, mas todas vezes que os caras jogaram aqui tomaram vareio nosso. O cara falar que está jogando em casa? No último jogo que jogamos em casa contra eles, sem ser na Copa do Brasil, o Vegetti queria bater no Bidon porque o Bidon estava fazendo tudo que queria com ele. Aí ele vai lá e fala isso aqui?”, disse o goleiro.
“Os caras criaram uma situação. Eles criaram, não foi a gente. A gente estava ali para fazer nosso jogo e para ser campeão, e eles levaram para esse lado. Agora, na final, na saída do vestiário, nosso amigo pirata estava lá gritando ‘vamos! É nossa!’ E ficou chorando lá depois do jogo”, completou Hugo.
Jogador da base paga passagem de ônibus do próprio bolso para ir à final
Hugo Souza contou ainda uma história para lá de curiosa: o lateral-direito João Vitor, conhecido como Jacaré na base, ficou fora dos relacionados para a final, mas decidiu ir ao Rio de Janeiro por conta própria.
O jovem de 18 anos, que disputou apenas duas partidas no profissional em 2025, estava de folga e foi para o estádio de ônibus. Ele não tinha, porém, ingresso para a partida e pediu aos companheiros para tentar entrar no Maracanã.
”Ele mandou mensagem para o Romero pedindo ingresso na torcida. E ele é atleta, moleque treina junto com a gente todo dia. Mandou mensagem para o Romero: “Arruma um ingresso, tem ingresso aí e tal, para eu ir na torcida”, contou Hugo.
A gente fez questão: “Não, está maluco, tem que estar perto.” O moleque treinou com a gente o ano inteiro, o moleque está fazendo questão. Eu falei até isso antes do jogo. Falei: Isso aí é vontade de ver a história sendo escrita – completou.
